segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Possessividade anormal

(Notícia, desabafo e reflexão!)

Esta semana foi noticiada o seqüestro de duas jovens, que durou mais de 80hs. Eloá e Nayara, duas amigas que estavam na casa da primeira, estudando e fazendo um trabalho pra aula juntamente com mais dois amigos. Eis que neste instante surge o rapaz, ex de Eloá, com uma arma à mão e anunciando que estão rendidos.

Inicia o seqüestro com caráter de cárcere privado, ou seja; dentro do próprio recinto. Passado 72h, a polícia adentra redondeza para negociar algo com o seqüestrador. Nayara sai e retorna de volta pro apartamento. A seguir, troca de tiros entre os policias e ele. As duas meninas foram baleadas, mas não se sabe quem atirou primeiro. Consta que o ‘cara’ atirou na Eloá, antes do tiroteio.

Eloá ficou internada no Hospital santo André, em São Paulo e esteve em coma, em estado vegetativo irreversível. Depois, os médicos noticiaram que vira a falecer por morte cerebral, em menos de 24h. Deu-se que a família autorizou a doação de órgãos (um ato grandioso, de extrema generosidade, mesmo sendo através de uma situação tão extrema) que veio a beneficiar sete pessoas, coincidentemente, de forma simultânea. Os nomes não foram divulgados por questão de preservação das identidades.

Nayara se recupera bem, mas precisará de um acompanhamento psicológico pois anda desanimada e sem vontade de falar. Prevê-se melhora decorrente. As seqüelas, aparentemente, são invisíveis, ma talvez em seu desenvolvimento surja algo, mas é raro. Esta não sabe da morte de Eloá, pois não se encontra em condições de ter um desgaste emocional visto que está se recuperando.

Uma nota: Eloá, e o indivíduo que a manteve presa no apartamento (não vou pôr o nome dele porque me causa repulsa), já haviam terminado uma vez. Ela pediu, implorando, que voltassem. Terminaram e desta vez ele pediu que reatassem. Ele achou que podia obrigá-la da forma que bem entendesse. Atentem que ela tinha 15 anos, e ele tem 22.

Ele tinha tudo arquitetado em mente, tudo premeditado. Mas não mediu as conseqüências dos próprios atos. Acabou ferindo brutalmente e irreversivelmente quem a momentos atrás queria a todo custo de volta. Visivelmente por ‘posse’ e não por amor. O que implica em descontrole emocional, falta de consenso com vidas alheias e nada de coerência com o que faz. Irracionalidade sem controle.

Isso me fez pensar em como as pessoas pensam que se conhecem e a quem está do lado. Não estou generalizando, mas diante disso, vai se pensar o que? Quase senti traumas de namoro, pelo fato que podemos nos enganar abruptamente sobre alguém. A mente humana pode destruir qualquer coisa/alguém/situação. QUALQUER que seja o caso. Isso causa medo.

A possessão que pode se infiltrar por dentro de alguém é terrivelmente assustadora a ponto de acontecerem coisas assim, que mexe demais com reflexões internas. Tenho mania de estudar o psicológico dos outros e ver o que as pessoas são capazes de fazer. O resultado é inenarrável. Quando penso que já vi de tudo, eu bato a cabeça na parede e custo a crer. Credo!

Ter “só” cuidado não basta, é preciso ter senso de percepção. Saber identificar traços que lhe assegure que é a pessoa certa, como também saber o que pode vir a ser um grande problema. Podemos sim escapar de grandes enrascadas, mas nem sempre somos certo na hora de escolher. E isso pode provocar intensas frustrações dependendo de como ocorre.

No mais, eu fico com minhas reflexões gritantes em pensamento e tentando compreender o que faz alguém agir assim, o processo que se dá pra isso ser imediato. Tem tantas razões pra isso, mas a concreta de fato, é uma incógnita pra quem quer que seja que procure uma resposta eficiente para tal questão. Uma busca imprevisível.

Cuidado com seus pensamentos, pois são chaves para muitos questionamentos!

Um comentário:

Mariana Dandara * disse...

Isso definitivamente não é amor. E me assusta quando vejo na tv ele dizendo que só a morte os separariam, e que ele a queria ali, naquele momento, ao lado dele. Como pode afirmar que ama tanto, que a quer tanto e matar? Deus me livre. Desconfio que ele seja realmente um ser humano ou algo do tipo, para mim, no mínimo, é um monstro.

Beijos queridona,te adoro. :*
E como andam suas filhas te chamando de mãe por aí? Haha
:DD