quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Não é fácil

Tem dias que a gente tem que se segurar pra não falar o que tem vontade. Ficar com aquilo descendo torto pela garganta e explodindo dentro de você é péssimo. Você fica pensando em várias formas de tentar dizer algo relativo. De não guardar mais e querer que o mundo inteiro ouça. Dar indireta, dizer na lata. Mas não dá. Não sai!

Isso acontece quando num mesmo dia se sucedem muitas coisas diferentes. Nas quais a paciência tem que imperar senão você perde o eixo. E quando a gente pensa como certas coisas não são nada daquilo que nós imaginávamos, ficamos cientes de sua real posição e, nos deparamos com reflexões. Sabe, às vezes eu juro que tenho vontade de nem sequer lembrar das conseqüências que alguns atos podem me proporcionar. Sei lá, cansa remediar o que pode ser problema. (Okay, ignorem essa frase, eu não falei em sã consciência. Tpm me enlouquece) hahahah

Não é fácil ouvir que certo alguém descobriu depois de seis meses que eu a deletei do orkut. Que não esperava, que viu o quanto tudo mudou e blá blá blá. Explicações? Não devo-as. A pessoa mereceu e sei muito bem o papel de palhaça que tive que tolerar representar por um tempo que permiti que estivesse presente em minha vida. Meio mundo sabe disso, certeza! Se realmente se importasse, teria percebido no dia seguinte, como qualquer ser sensato. Mas, sabe como é né, tem zé mané que não vê nada além do próprio umbigo. Creio que me entendem...

Estava no curso ontem, sobre Gestão Empresarial, no qual consegui passar na prova. E, primeiro dia é sempre uma expectativa pulsando. Criação de marketing e noções básicas do que envolve a produção de um produto foi a primeira aula. Foi nos solicitado uma pesquisa de mercado para ver qual a repercussão do produto ‘x’ e, claro, entrevistei com dois colegas seus respectivos consumidores. Meu Deus, como há pessoas de má vontade nesse mundo! Vivemos reclamando de tudo o tempo todo e quando se tem a chance de falar ou dar uma sugestão ou, reclamar para algo construtivo de tal, as pessoas se fecham. Havia pessoas correndo de um lado pro outro, outras mal vêem quem está na frente e a desculpa esfarrapada de que não interessa o que vai se fazer. “É obrigação dos setores saber!” Ouvi quieta e dei meia volta pra não responder.

Como é que o ser humano quer algo que atenda suas necessidades se também não colabora para tal? O senso das pessoas parece que fica em casa, e quando retornam a ele, vão pro chão. Detesto a forma como as pessoas não se dão conta do quão desnecessariamente são equivocadas. Me diz, custa alguma coisa? Creio que vocabulário, cujo este, está cada vez mais difícil de manter. A minha paciência se embrulha com facilidade quanto a isso. Mentalizar coisas boas ajuda. Não é fácil!

Não é fácil você saber o que acontece com determinadas pessoas muito importantes na sua vida e não poder fazer nada. Ficar de mãos atadas é deprimente. Saber todas as circunstâncias da situação e por inúmeros motivos ficar parado. Quero fazer algo, mas creio não ser a pessoa indicada pra isso. Não nestas condições. Odeio quando isso acontece. Sou o tipo de pessoa que, no que eu puder fazer pra amenizar o impacto de algo ou fazer acontecer de fato, não penso duas vezes. Vejamos belo lado lógico da questão, certo? Obrigada! No mais, a paciência é o que me resta. E a disponibilidade na qual me coloco para qualquer tipo de ajuda para alguém que muito estimo, é imensurável.

Receio é o que perturba. Medo é o que fica. Expectativa é o que se cria. (?)

Não é fácil você ver como o tempo passa e como custa a acreditar que certas coisas não voltam. Ver e remexer cantos nostálgicos. Relembrar fatos que marcaram absurdamente determinada época da sua vida. Ver como algumas coisas tomam caminhos totalmente inversos. O quanto é dolorosa a saudade que não cessa por nada enquanto não se faz algo. Acreditar que depois de uns anos, ao ver alguma pessoa, nada é como antes. E que às vezes, se vêem como estranhos. O que no passado era quase uma questão de honra a presença de ambos. Por que? Incógnitas... como isso me corrói!

Não é fácil ter responsabilidades extremamente necessárias e, ao mesmo tempo, tão produtivas. Rotina, a (des)temida rotina! Adoro poder driblá-la e transformar meu dia numa história que posso dizer que dia algum é igual. Porque não é mesmo! Mas dá medo. O tempo não costuma ser muito amigo. Ele exige a todo instante o seu empenho contínuo naquilo no qual se propõe a fazer. E confesso que, não seria bom ter tudo facilmente ns mãos e não saber o quão maravilhoso é ser recompensado por aquilo que se luta veementemente. É estimulante!

Até parece que algo na vida é fácil. Ou melhor, nada é difícil, nós é que complicamos, né? Nada é fácil. Nada é difícil. São visões que cada um descobre em si. O que é difícil, pode ser fácil. E assim o inverso. Mas por ora, assim estou. Quando a gente divaga por coisas que são um tanto quanto complexas, só se vê um lado. Depois é que tudo se junta. Quebra-cabeça. Vida real. Saudades. Pés no chão.

Vai entender a mente humana...

2 comentários:

Maldito disse...

"Tem dias que a gente tem que se segurar pra não falar o que tem vontade."
Eu sempre digo que as vezes temos que engolir sapo, pra comer a perereca,...rsrsr

Bjs

Raquel disse...

Pois é, Tassi, nada é tão fácil quanto aparenta ser. Por isso invejo as crianças, que simplificam tudo de uma maneira exemplar. Às vezes, a nostalgia de quando não tinha preoucpações maiores, pega-me de surpresa. é engraçado observar como esses adventos modernos nos trazem mais situações estressantes, como é o caso do Orkut. Com ele, veio a "importância" de ser deletado, ou não. E aí vem mais incômodo.
Agora, dentre as situações que citaste, a que mais me perturba é a das "mãos atadas". Isso me repugna. Eu tenho a péssima mania de querer abraçar o mundo e, junto com ele, os problemas. Não conseguir resolver tudo, me inquieta. CAem cabelos, TPM's são frequentes, desânimo faz parte do cotidiano.
Mas o que nos resta é o suficiente para nos fazer seguir em frente. Um carinho, um sorriso, uma gratificação. Isso torna o dia a dia mais prezeroso, ainda qu epor uns instantes.

Esforço sobre humano, precisamos conviver com isso.

Beijos.